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ENTREVISTA

Postado por Diego Himself

NOME : SOLID
ORIGEM : CURITIBA - PR/BRASIL

Inicialmente apresente a banda Solid.

O Solid é uma banda de metal de Curitiba/PR composta pelos seguintes integrantes:

Eduardo Ferrera – guitarra e voz
Eliton Mello – baixo
Felipe Ferrera - bateria

Como surgiu a ideia de formar a banda Solid?

O Solid foi criado por mim (Eduardo Ferrera – guitarra e voz) e pelo meu irmão, Felipe Ferrera (bateria), em 2006. Nesta época foram compostas várias músicas, testamos muitas ideias, fizemos alguns shows e encerramos a banda no final de 2007.  Em 2009, após passarmos por diferentes bandas de Curitiba, voltamos às atividades partindo do zero com novas composições, nova formação, resgatando a proposta inicial da banda que era fazer música pesada com letras em português.

O trio perdeu um integrante um pouco antes do lançamento do EP, o baixista Anthonny Brasil. Como foi pra banda essa saída, como a banda reagiu?

A saída de um integrante é um momento difícil para qualquer banda. Acreditamos que todos devem seguir em frente com seus objetivos e correr atrás dos seus sonhos. O Anthonny estava com o Solid desde que voltamos com a banda em 2009, sentimos muito a sua saída, mas era preciso seguir em frente. Decidimos na época que não deixaríamos que a saída de um integrante fosse interromper ou afetar os planos que já tínhamos estabelecidos para o Solid. Acertamos todos os detalhes finais do EP e realizamos o lançamento na data em que anunciamos. Não sabíamos como seria daquele momento para frente, não tínhamos ninguém de imediato que estivesse à disposição já para entrar na banda. Sabíamos que poderíamos contar com vários amigos e companheiros de outras bandas para que não ficássemos impedidos de fazer nossos shows e isso foi mais do que suficiente para não deixar todo o empenho de gravação e produção do EP parado até que o posto de baixista fosse oficialmente definido. Lembro que não deixamos de ensaiar, continuamos preparando novos materiais mesmo sem um baixista pelo simples motivo de não querer parar e manter a banda em atividade. Era um momento difícil, mas a superação nos fortaleceu e abriu novas possibilidades.

Atualmente a banda já conseguiu substituir o baixista, já conta com um integrante fixo na posição?

Ficamos muito surpresos na época, alguns dias depois do Anthonny anunciar a sua saída da banda, recebemos alguns contatos com materiais de baixistas interessados em compor o trio. Isso foi muito algo muito legal, ainda não tínhamos nem pensado nisso, foi inesperado e bem gratificante. Foram feitos alguns contatos, ensaios com alguns baixistas diferentes e após nosso último show, no início de dezembro, tivemos a confirmação de quem será o baixista definitivo. Ainda não fizemos o anúncio oficial mas ele já faz parte do trio, em breve disponibilizaremos uma nova foto com a banda completa. Quem assistiu ou conferiu as imagens das nossas últimas apresentações já pôde ver nosso novo companheiro de banda, Eliton Mello, no palco com o Solid. Conhecemos o Eliton a mais de dez anos, já havíamos tocado juntos em outras bandas e ele sempre acompanhou o nosso trabalho, isso facilitou muito sua adaptação no grupo.

Porque a escolha do nome Solid?

Nós queríamos um nome que representasse força, queríamos que fosse uma nome curto mas que tivesse impacto. Pensávamos muito em achar uma definição para o que buscávamos na época, nossa intenção era ter uma banda que além de criar suas músicas fosse forte e unida para seguir com trabalho sem deixar-se derrubar por dificuldades, que infelizmente são muitas nesse meio, ainda mais no Brasil. Chegamos ao nome “Solid” pelo mais simples significado da palavra.
A banda lançou seu primeiro trabalho “O preço da espera” online na metade de 2012. Qual a importância que a vê fazendo isso ao invés de apenas vender o trabalho de modo físico?
A internet é o principal meio de divulgação para a grande maioria das bandas, sejam elas independentes ou não. O fato é que através dos canais on-line conseguimos atingir com muito mais facilidade o público que procura e quer conhecer novas bandas ou simplesmente ter acesso a mais conteúdo de seus artistas preferidos. E o foco principal disso tudo, pelo que tenho visto das bandas undergrounds do Brasil, consiste em fazer com que as pessoas da tua cidade de origem conheçam o seu trabalho, que as pessoas do seu estado tenham acesso ao seu material e assim por diante. Antigamente muitas bandas tinham como objetivo preparar seu material e espalhar para todos os cantos do mundo esperando serem contratadas por alguém no exterior e assim obter o reconhecimento do público. Não que isso não seja positivo, mas acredito que se você conseguir criar um público que admire o seu trabalho por aqui, você terá muito mais força para cada vez mais levar suas músicas para lugares diferentes e, com certeza, a internet tem sido umas das ferramentas mais eficazes na divulgação das bandas.

Falando no EP, o que significa “O preço da espera”?

A intenção do título “O Preço da Espera” é chamar a atenção para outra perspectiva sobre nossas próprias verdades, medos, o que valorizamos hoje e o quanto estamos dispostos a pagar pelas nossas escolhas, independente quais sejam elas. A música tem um papel significativo na vida das pessoas, acreditamos no seu poder de transformação, música é arte, expressão de sentimentos. “O Preço da Espera” nada mais é do que uma crítica direcionada aos dias de hoje, a cultura do imediatismo e da superficialidade em que estamos inseridos.

Quais mensagens que a banda tenta passar pros ouvintes em suas letras?

Nossas letras falam sobre a vida, sobre a realidade, conquistas e derrotas que temos que encarar nas batalhas do dia a dia. Esta é a principal fonte de inspiração para tudo o que criamos. Quando estou escrevendo uma letra para o Solid, penso no que está acontecendo no momento, no que está se passando ao redor de nós neste mundo cada vez mais frio. Fazemos isso tanto de maneira direta ou indireta. A única coisa que tentamos passar é a nossa sinceridade, não nos preocupamos em passar uma mensagem específica em nossas músicas para as pessoas, procuramos deixar que o ouvinte em algum momento tenha também seu momento para refletir ou se identificar com o que escrevemos em nossas composições.

O EP foi produzido por Adair Daufembach, produtor que já trabalhou com Ponto Nulo no céu, Project46, John Wayne e muitas outras bandas que vem se destacando no cenário nacional. Como foi trabalhar com o Adair? O que a banda aprendeu com ele e etc.?

Somos muito gratos por ter trabalhado com o Adair Daufembach. Ele é realmente um grande profissional, referência atual em produção de rock e metal no Brasil, além de ser um cara muito bacana. Mesmo com a pressão natural que qualquer processo de gravação envolve, os dias em estúdio foram muito divertidos. Sempre nos surpreendemos com o resultado final quando gravamos e produzimos com ele. Seu nível de exigência em relação aos músicos é muito alto, faz com que você se esforce ao máximo para conseguir seus objetivos e tudo isso é muito positivo para a banda. Ganhamos muito a partir do momento em que começamos a gravar e produzir nossas músicas com o Adair, hoje temos uma compreensão muito maior sobre nossas próprias composições, conseguimos reconhecer de uma maneira mais madura nossas potencialidades e defeitos, crescemos como músicos e vemos que isso foi fundamental no desenvolvimento das nossas músicas e do Solid.


Eu tive a felicidade de ver a banda tocar no Inferno club em setembro. E digo, a banda faz um som ensurdecedor, nem parece ser um trio. Como vocês conseguem isso rs ?Tem algum segredo?

Muito legal ouvir isso! Nós somos um trio, tentamos ao máximo fazer com que o número pequeno de músicos na banda não limite nossas ideias e acho que uma das nossas estratégias que tem funcionado no processo de criação é a atenção que damos nas bases das músicas. Como temos apenas uma guitarra procuramos desenvolver bem as linhas de bateria e baixo. Segredo? Não temos, mas quando uma banda tem essa característica, além da formação reduzida, algumas outras coisas que são peculiares a um power-trio se destacam como, por exemplo, mais espaço no transporte em viagens e o problema dos investimentos que só contam  só com três pessoas para bancar (risos...).

A banda tem projetos como um CD full, Videoclipe e etc.?

Já estamos trabalhando na criação de novas músicas, ainda não temos nada muito definido, nossa intenção no momento é seguir com os shows divulgando o ep “O Preço da Espera”. Esperamos em breve ter um bom material para poder trabalhar e gravar o cd full. Acredito que até metade do ano que vem já teremos muita coisa nova. Paralelo a novas composições, temos o projeto do Videoclipe para o primeiro semestre de 2013. Lançar um single também é uma das nossas ideias para o próximo ano.

Gostariam de deixar um recado/Mensagem pros fãs da banda que acessam o blog?

Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que apoiam o nosso trabalho, vocês são muito importantes para nós, sem essa força com certeza tudo seria muito mais difícil! Agradecemos também as bandas que tivemos a oportunidade de dividir o palco nesses últimos dois anos, fizemos muitas amizades e nos divertimos muito! Por último, nosso muito obrigado ao Diego da Himself Bands pelo bate-papo e pelo apoio as bandas. Continuem firme, vocês fazem a diferença! Um grande Abraço do Solid!
Obrigado,
Eduardo Ferrera.

HIMSELFBANDS Agradece Eduardo Ferrera e toda banda Solid pela atenção e respeito.Obrigado



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